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domingo, 29 de abril de 2012




MOÇÃO DE REPÚDIO AO GOVERNO 
DO ESTADO DA BAHIA
A Bahia foi governada por quase 30 anos por um grupo político comandado por Antônio Carlos Magalhães, que espalhava o terror durante as greves dos educadores baianos. Em 2006, Jaques Wagner foi eleito governador do Estado e, desde então, se acompanha a transformação do militante num tirano, pois os mesmos instrumentos de dominação da era ACM são reabilitados por ele: a criminalização das greves, a propaganda, os privilégios, a recusa da negociação, o corte de salários, as ameaças, o terror.
Neste exato momento, as escolas da rede estadual se encontram em greve por tempo indeterminado, num movimento unificado, cujas reivindicações são: reajuste salarial de 22,22%, implementação da Lei do Piso (1/3 de Atividades Complementares), melhoria das condições trabalho, mais recursos para a educação, respeito aos servidores.
A condução dessa greve se dá com a inconstitucionalidade da votação dos Projetos de Lei nº 19.778/2012 e nº 19.779/2012, que ferem direitos conquistados ao longo da carreira docente. Além disso, o governo se mostra irredutível quanto a possibilidade de negociar com a categoria e, ao invés de diálogo, ameaça os professores com o corte de salários, os gestores com processo administrativo e utiliza a propaganda paga para descaracterizar a greve que é legítima.

Assim, após enfrentar o carlismo até a sua queda, enfrenta-se agora a arrogância e truculência do petismo e sua base aliada. De fato, o PT da Bahia tem demonstrado ser um aluno exemplar e vem aplicando os ensinamentos da escola de terror da era ACM. Agora não se sabe mais qual a diferença entre ACM e Jaques Wagner, já que ambos se igualam no tratamento dispensado aos trabalhadores do Estado da Bahia.

Diante do exposto, os professores da rede estadual de ensino de Vitória da Conquista, em greve por tempo indeterminado, deflagrada desde o dia 13 de abril do ano em curso, vêm repudiar a postura de Políticos da Base Aliada e Agentes em Cargo de Confiança do Governo.

Vitória da Conquista, 29 de abril de 2012.

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