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sexta-feira, 4 de maio de 2012


TRISTE BAHIA

Num cenário de apatia, em que os professores da rede estadual de ensino da Bahia encontravam-se aparentemente desmobilizados, surpreende a discussão sobre a legalidade ou não da greve. E o corte salarial aleatório incendeia o debate sobre o direito de greve, já que o governo, ao retirar dos servidores seus meios de subsistência, nega esse direito.

Em Vitória da Conquista, antes de ocorrer a adesão ao movimento, ninguém seria capaz de preconizar o seu desdobramento. E, surpreendentemente, os professores vêm se posicionando de forma combativa, além da inesperada repercussão da greve na imprensa e relevante apoio de estudantes e comunidade.

O maior impasse para negociar o pagamento do reajuste de 22,22%, previsto pela Lei do Piso - sancionada para garantir a valorização de todos os profissionais do magistério público da educação básica e não apenas para os profissionais não licenciados como quer compreender o governador - consiste no argumento de falta de recursos, desmentido pela própria lei que estabelece mecanismo para a complementação da receita, por meio do Fundeb e da União.

Diante de tantas surpresas, os professores da rede estadual de ensino partilham de um mesmo sonho, essencial na vida de um país: a valorização da educação. Assim, nesse momento singular de construção do movimento, a avaliação da greve deve ter como base a unidade da categoria e o enfrentamento ao governo, a fim de resgatar o respeito e a dignidade profissional na luta por seus direitos.


Vitória da Conquista, 03 de maio de 2012.

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